quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Governador não cumpre o que prometeu

Demonstrando, mais uma vez, que apenas jogou para a platéia ao comprometer-se pagar o piso salarial dos professores até setembro do ano que vem, o governador Simão Jatene não destinou um tostão sequer para cumprir o que prometera em público. A desculpa esfarrapada que seu secretário de planejamento deu, com incrível cinismo, foi que o governo estadual espera por recursos federais para fazer a tal complementação.
Gostaria de saber se, para outras despesas, como a publicidade, por exemplo, por sinal, reajustada em quase 60%, em relação ao orçamento vigente, se também ele aguarda algum tipo de complementação; ou, se a peça orçamentária foi aprovada sem previsão de quaisquer receitas transferidas. É o velho descaso tucano com a educação pública, que até levou o governador de São Paulo, Geraldo Alkmin, a entrar na justiça contra essa conquista da categoria dos professores. Uma vergonha!
(Extraído do blog do vereador Marquinho)

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Segundo denúncia anônima chegada a este blog, a COSANPA está nesse momento cortando o fornecimento de água para todas as escolas estaduais do município de Ananindeua pertencentes a Unidade Seduc na escola(USE)-15, dezesseis escolas ao todo.
Certamente que esse corte não é nenhuma contribuição da Cosanpa ao movimento grevista dos professores, até mesmo porque este está suspenso. Significa, na verdade, mais uma prova do descaso com que Simão Lorota trata a educação pública na medida em que, sem água, é claro que as aulas serão suspensas e os alunos prejudicados desmentindo, assim, toda aquela retórica hipócrita e safada de preocupação com os estudantes, entoada pela mafiomídia da terra aliada de lorota e, de verdade, sem nenhuma dó dos sofridos alunos de escola pública. Lamentável!
( Nailharga )

terça-feira, 22 de novembro de 2011

PCCR(Pompa, Circunstância, Cerimônia e Revolta)

Acontecerá em 2 de dezembro de 2011 o enlace matrimonial da década, quiçá do século, da Sr ª Lena Ribeiro e Nílson Pinto. A cerimônia e a recepção acontecerão no Centro de Convenções Hangar os noivos terão como testemunhas o “la créme da ética e dos bons costumes” da sociedade paraense formados pelos casais Ophir e Célia Cavalcante, Milton e Olga Nobre, Antônio e Edna Vaz, Antônio e Cléa Farah, Dhélio e Beta Mutran e Emílio e Joelma Houat.
A noiva vai trajar um modelo, mantido em segredo de Estado para não haver imitação, assinado pela conceituada estilista Paula Monteiro de Castro e vai adentrar ao salão acompanhada, das damas de honra Roberta Fonseca, Sâmya Lourenço, Fadia Freire e Marcele Buhrnheim.
Os convites foram confeccionados em São Paulo para mais de 1.000 convidados criteriosamente selecionados,ou seja, a fina flor do High Society paraense;
O salão do Hangar será divido em 2 espaços nas cores branco e dourado(por que não usar o amarelo seria mais apropriado?);
Será utilizada uma quantidade extremamente exagerada de flores que uma florista virá de São Paulo para ajudar a expert Fátima Petrola na decoração;
A orquestra do Conservatório Carlos Gomes fará a música de fundo do casamento;
As toalhas serão em tons café com leite com diferentes arranjos em cada uma delas, destaque para os 30 enormes lustres que iluminarão o salão provocando um efeito cascata de dar inveja ao carnavalesco Joãozinho Trinta;
As mesas serão decoradas com vasos de cristal importados da Bohemia (República Checa) em prata, centros de cristais, candelabros italianos e castiçais em cristal ‘baccarat’;
Boca Livre total com 4 tipos de buffes assinados por Vânia Martins, Mariazinha Fonseca, Beto Grill e comida japonesa para os convivas orientais;
Os doces serão da Doçuras, Cláudia Moraes, os tradicionais bem casados virão de São Paulo e para arrematar serão distribuídas amêndoas vindas especialmente da Conti Confeterie de Milano (Itália)
Atrações Musicais:
Elimar Santos, Gaby Amarantos,Marquinho/Banda e Beto e leno
Fotografia: Gustavo Quintela e Iluminação de Jeferson
Égua, blogueiro, o que nós estávamos reivindicando na greve era muito pouco. se eles nos pagassem o piso salarial não daria nem pra comprar unzinho dos tais cristais de origem Tcheca.
Quanta ostentação. Que raiva!
Professora Ildete Magalhães
(Extraído do Diário de um educador)

sábado, 19 de novembro de 2011

Uma reflexão!!!

Anônimo disse...


É justo , é um direito sendo constitucional ou não todo ser humano procurar prover seu lar do melhor para os seus, a este direito é somado o instinto paterno ou materno o que da uma sobre força a sua busca, pois seus filhos dependem exclusivamente deles com raras exceções ai temos o emprego da palavra dependente!


A formação do caráter de meus filhos será diretamente influenciada pela minha maneira de ser, se eu me acovardar ou se eu lutar estarei fazendo reflexo nos meus descendentes, porem existe um fator que deve ser ao menos considerado o que falam ou divulgam sobre minhas atitudes!


Sendo verdadeiro o que digo, coloco esta condicionante por não me achar senhor de verdade questionável quanto mais de uma verdade indiscutível no caso desta greve em especial acho que os bons falaram mau e os maus falaram bem (alunos e mestres) haveria uma inversão de valores se dignidade fosse virtude em quem poderia fazê-la não prosperar (governo e sindicato)


Saltando de categoria sem sair do tema imagine uma greve dos profissionais de saúde feita com totalidade existiriam muitas mortes dos que se encontravam em situação extrema, este é o motivo relevante para existirem apenas nesta área greve parcial ou “Operação Tartaruga” !


Voltando para a educação quantos conhecimentos foram enterrados nos alunos que não acompanhando a frenética reposição de carga horária abandonaram definitivamente a sala de aula e ninguém levou em conta?


Duas coisas desde que o mundo existe devem ter prioridade saúde e educação, então porque elas são desprezadas, o poder não prioriza e os profissionais não fazem consciência do seu valor?


Concordo que essa greve deveria encerrar , porem discordo do tempo e o modo como aconteceu, ela deveria ter encerrado muito antes, porem havendo um rodízio de professores ocupando lugares estratégicos que emperrassem a maquina publica e não apenas fazendo ameaças futuras por parte das cabeças coroadas!


Um conselho que vendo cujo preço que cobro é sua divulgação, nunca parem saúde ou educação, parem a maquina, pois essa é que dói em caixa financeiro e político!


“Quem tira da saúde mata meu corpo, quem tira da educação mata minha alma” Mestre Chico Barão
19 de novembro de 2011 05:48

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O dever de fazer tudo e o direito de não poder nada

Na data de 11/11/2011, os profissionais da educação reunidos em Assembleia ratificaram seu posicionamento de continuidade da greve, apesar das diversas formas coação feita pelo Governo do Estado e pela justiça paraense. Os dois principais jornais noticiam tendenciosamente contra a categoria para defender os interesses de seus donos, não esquecemos os acordos que envolveram os governos do PSBD com o Grupo Liberal. Dessa forma, ficamos com a árdua tarefa de explicar os motivos da greve.
Primeiramente deve-se explicar resumidamente o processo de implantação da Lei do Piso. No ano de 2008 o Presidente da República sancionou a referida Lei. Alguns Governadores entraram com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade que foi julgada em agosto de 2011 Pelo Supremo Tribunal Federal e considerada “constitucional a norma geral federal que fixou o piso salarial dos professores do ensino médio com base no vencimento, e não na remuneração global. Competência da União para dispor sobre normas gerais relativas ao piso de vencimento dos professores da educação básica, de modo a utilizá-lo como mecanismo de fomento ao sistema educacional e de valorização profissional, e não apenas como instrumento de proteção mínima ao trabalhador”. O STF fez o seu papel legal julgando constitucional a Lei, agora nos cabe fazê-la ser cumprida, por isso a greve. Não podemos esquecer do PCCR, sua contribuição para a melhoria na educação paraense, que já virou Lei e vai evitar as intimidações de diretores e gestores de pólos com a perda de carga horária.
Nesse momento tentemos mostrar para a sociedade que as propostas, da LDB e dos PCNs, de formar cidadãos estão em curso, pois segundo o Mini Dicionário Aurélio ser cidadão é “indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado”. Essa é a lição de cidadania que tentamos mostrar para nossos alunos: que devemos lutar pelos nossos direitos constitucionais. Portanto, quando o executivo e o judiciário paraense infringem a Lei considerada constitucional, eles estão errados e se calar para isso é aceitar a banalização do correto.
Na quarta greve consecutiva, mostramos para os diversos trabalhadores e suas representações que não devemos esmorecer para os desmandos do Estado, da Justiça e dos Patrões. Nossa luta por melhores condições de vida e trabalho requer organização e persistência nos nossos ideais. O medo das elites políticas e econômicas está crescendo em função da organização alternativa dos trabalhadores de diversos ramos que solidariamente vem se juntando ao movimento dos trabalhadores da educação. Somos parte de uma luta de classe que está se acirrando e vai exigir de nós trabalhadores união. Por isso, nossos agradecimentos pela solidariedade e participação aos diversos órgãos representativos dos trabalhadores e da sociedade organizada.
Presencia-se no Pará uma democracia em que os trabalhadores devem respeitar todos os deveres, mas não tem direito de nada. Vimos essas questões constantemente quando trabalhadores são executados no campo e seus mandantes continuam em liberdade, escândalos de desvio de verba na Assembleia Legislativa são tratados com morosidade e em poucos dias o judiciário criminaliza o movimento dos educadores, pedófilos são absorvidos e tantas outras que indignam qualquer cidadão.
Para finalizar é necessário citar um poema de Eduardo Alves da Costa “Na primeira noite eles se aproximam roubam uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem : pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada. Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e, conhecendo o nosso medo arranca-nos a voz da garganta. E já não dizemos nada”. Se nos calarmos sairemos como criminosos e posteriormente não teremos argumentos para a sociedade e o governo.
Prof. Msc. Allan Silva

SDDH: Nota de solidariedade à greve dos trabalhadores em educação

A Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos- SDDH vêm se solidarizar com a greve dos professores e professoras, e demais trabalhadores em educação do Estado do Pará, em face a absurda decisão judicial que determinou o fim da greve e as anunciadas tentativas, por parte do governo estadual de criminalização e perseguição dos grevistas em função de sua participação no movimento reivindicatório.
A Greve é um direito consagrado em tratados internacionais e na própria constituição federal, sendo, em muitos casos, o último instrumento de pressão que trabalhadores e trabalhadoras possuem para verem atendidos seus direitos. Ressalte-se que, no caso da greve dos professores e professoras, o pedido feito ao Governo do Estado é de cumprimento da legislação que estabelece o piso salarial para a educação, que aliás, sequer dá conta de atender as mais básicas necessidades de uma família brasileira.
Não se pode tratar quem sempre se dedicou à educação de nossas crianças e de nossa juventude, como pessoas desprovidas de direitos, ameaçando-as com processos criminais e disciplinares. Negar um direito constitucional através de sentença judicial, criminalizar lideranças como quer o Ministério Público e a Polícia, cortar negociações e ameaçar com demissões e corte de ponto, como faz agora o Governo Estadual, são atos que violam a Constituição e maculam todos os princípios de direitos humanos que estas instituições deveriam proteger, principalmente o direito á educação, a liberdade de expressão e as condições dignas de trabalho para a categoria que conduziu todas estas pessoas aos cargos que hoje exercem.
A SDDH pugna pela imediata retomada das negociações do Governo do Estado com os representantes dos professores, que seja respeitado o direito constitucional de greve para os trabalhadores em educação, a implantação imediata do piso nacional de educação no estado do Pará, e que as autoridades judiciais, policiais e o executivo estadual se abstenham de praticar os atos de criminalização anunciados contra os educadores e educadoras paraenses.
Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos- SDDH

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ PAGARÁ PISO DO PROFESSOR ABAIXO DO SALÁRIO MÍNIMO NACIONAL



Um dos motivos que mais revoltou a categoria dos educadores na assembléia geral de 11 de novembro. Foi perceber que o governo do Estado do Pará, pretende pagar o piso do professor, abaixo do salário mínimo nacional de janeiro de 2012. O valor do mínimo definido pelo governo federal é R$619,21. Pela proposta divulgada no site oficial do governo no dia 10 de novembro, o reajuste será de 5,5%. Com destaque no trecho". O secretário adjunto de gestão da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), Waldecir Oliveira, explica que no ano que vem o Estado terá um novo plano orçamentário, com uma nova estimativa de receita pela arrecadação estadual, bem como a discussão junto ao Ministério da Educação (MEC) sobre reajuste do custo-aluno/ano paraense, o que viabilizará o pagamento dos 5,5% do piso nacional que ainda falta ser incorporado ao salário dos 27 mil educadores nos valores de hoje ou o piso vigente para 2012."
Como o valor ilegal do piso pago atualmente é R$1.121,22 para 40h semanais(200h mensais), o reajuste de 5,5% em janeiro transformará este vencimento para R$1.182,88. Este vencimento para uma jornada de 20h(100h mensais) ficará em R$591,44 abaixo do salário mínimo nacional de R$619,21. Se confirmado este golpe na categoria, será a primeira vez desde a década de 80 que um governo pagará vencimento de professor abaixo do que determina o Regime Jurídico dos Servidores do Estado do Pará e a própria constituição federal.
O valor que o Governo Jatene deve pagar a partir de Janeiro deve ser no mínimo R$1.238,42 até atingir o valor de R$1.450,86 para cumprimento da lei do piso nacional do professor. Portanto o reajuste que o governo Jatene deveria anunciar a sociedade paraense, é no mínimo 10,6% e a partir dai escalonar o que prometeu perante ao juiz Elder Lisboa.Caso contrário o governo Jatene estará inaugurando mais um ataque na desvalorização dos educadores deste estado. No seu governo anterior ele nunca teve essa ousadia de pagar abaixo do salário mínimo nacional e esperamos que este governo reflita sobre a atitude que está tomando.

A categoria em greve nunca teve acesso a proposta detalhada deste governo, pois há uma tentativa de esconder os números  e usar um jogo de palavras para ludibriar a categoria, tal qual Nilson Pinto fez, quando afirmou que pagaria o piso assim que fosse publicado o ácordão do STF e depois negou o que afirmou.

A falta de dialogo e transparência e as atitudes repressoras, somado com o assédio moral oficializado deste governo, é que tem aumentado a raiva e radicalização de uma categoria valoroza que não vende e não rende.

A GREVE CONTINUA JATENE A CULPA É TUA!

Direção do Sintepp

sábado, 12 de novembro de 2011

Quem é o responsável pelo prejuízo?

Impressionante como essas imundícies impressas, apelidadas de jornais, recorrentemente lembram que o ano letivo está no fim, que vem aí vestibular, que o ano letivo do ano que vem está comprometido, tudo para sugerir que os professores em greve são os responsáveis pelo, para usar uma expressão de gosto tucano, desconforto jurídico na relação empregador/empregado da SEDUC com seus trabalhadores. Jamais citam as peripécias administrativas de Simão Lorota com dinheiro público e o quanto isso debilita o erário.
Pior. Acho até que essa retórica safada tende a acirrar-se, a partir da próxima semana, quando trabalhadores da construção civil e rodoviários, representados na assembleia de ontem dos professores, engajarem-se solidariamente naquele movimento cobrando o cumprimento dos direitos conquistados pelos trabalhadores da educação. Aí aflorará toda aquela patifaria acusatória, herdada do tempo dos milicos, acusando o movimento de ter conotação política/partidária, com a presença de "infiltrados" cujo único intuito é desgastar o governo. Esquecidos, esses patifes escrevinhadores, que são justamente os filhos desses trabalhadores da construção civil, rodoviários, dentre outros segmentos, os maiores prejudicados com o colapso da educação pública fruto da desobediência legal por parte de um governador que age à margem da lei. lamentável! 
 ( Nailharga )

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Trabalhadores de educação reagem ao desgoverno.









A caminhada da indignação dos trabalhadores da educação ganha apoio dos alunos.

                               Aluno do 6° ano da escola Serra Freire é quem teve a brilhante ideia

O aluno foi quem teve a brilhante ideia segundo sua mãe; e o apoio não termina aí. A aluna e mãe de aluno Edilsa C. de O. Serrão,  do Centro  Luis Otavio Pereira ( CES ), fez um Boletim de Ocorrência (BO) n° 00014/2011.007793-0 ,contra o estado , na seccional do Marco,  mas não pensem que em uma terra sem lei isso foi aceito com o devido respeito que merece todo cidadão.
Segundo a aluna, a autoridade policial, delegada  Leila Christian Lima de Mendonça, tentou dissuadi-la de fazer o BO contra o estado e sim fazer um contra o SINTEPP,  com a seguinte frase “ esses professores estão querendo ganhar mais do que eu “. Como aluna fez o questionamento de que,  para ela estar ali,  teria que ter passado por um banco de escola a delegada ameaçou prende-la por  desacato a autoridade. Pode????
Apesar das caravanas de alunos, trazidas de Altamira para Belém por políticos inescrupulosos, ao que parece, os alunos estão sensíveis à luta dos professores.
 



quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Gonçalo Duarte, o piso salarial dos professores, Flexa Sujeira e a promotora Graça Cunha


O saudoso filósofo jurunense, Gonçalo Duarte, sempre dizia que desgraça nunca vem só: uma sempre puxa outra. O governo de Simão Lorota, que alega não ter recursos para cumprir a lei do piso salarial dos professores, teve para reajustar o seu, o do seu vice e secretários em mais de 60%; teve também para fazer uma "reforma" administrativa, que trouxe de volta a figura dos superssecretários e ainda criou o Assessor Especial III, até então, só existia até o II.
Foi para esse cargo, Assessor Especial III, que nomeou Fernando Flexa Ribeiro Filho, filho daquele senador, preso em abril de 2004, meses antes de substituir D. Costa no Senado, juntamente com mais 24 comparsas, acusado de fraudar licitações no Amapá que deram um prejuízo de R$103 milhões ao erário. Além de nomeado, como postou ontem A Perereca da Vizinha, ainda alugou uma casa à secretaria em que trabalha no valor de R$7 mil por mês.
Apartamentos em prédios de luxo, emprego para familiares da entourage tucana, tenebrosas transações familiares com dinheiro público(inclusive com muito "combustível"), pra tudo isso sobra dinheiro. Aí não tem para cumprir uma lei que obriga a tratar a educação com o mesmo carinho usado na retórica. E a promotora Graça Cunha ainda quer prender a presidenta do SINTEPP. Égua!!
( Nailharga )

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Desobediência, professores.

Após a absurda decisão de um juiz de primeira instância declarando ilegal a greve dos docentes, a imprensa paraense decidiu declarar guerra ao magistério. Em editorial publicado no jornal O liberal do dia de hoje, é exigido que os professores tenham obediência diante de decisão judicial. E mais, o editorialista se pergunta sobre o que deve ser ensinado aos alunos, pois os professores estariam estimulando a desobediência civil.

Raramente concordo com o referido jornal, mas sua direção percebeu a essência da questão que envolve o conflito entre o governo estadual, os professores e o judiciário local. Em resumo, o que está em jogo:

1. Um povo (ou uma categoria) tem o direito de se insubordinar contra ordens manifestadamente ilegais e/ou ilegítimas. Sem o exercício deste direito fundamental não teriam ocorrido às mudanças que viabilizaram a sociedade moderna. Imaginem se os franceses não tivessem exercitado a desobediência civil contra o antigo regime? E se os colonos americanos tivessem acatado as ordens da metrópole inglesa? Ou mesmo Dom Pedro tivesse acatado as ordens das Cortes portuguesas. Nossa história está permeada de desobediência. A liberdade de imprensa só foi retomada em nosso país por que muitos se levantaram contra as leis da ditadura militar.

2. No caso específico a desobediência dos professores é a melhor forma de defender duas conquistas legais. É a defesa do direito de greve, inscrito no artigo X da Constituição Federal. E a defesa da Lei Federal n° 11738 de 2008, que estabeleceu um piso salarial nacional para o magistério. E é a defesa do respeito à decisão do Supremo Tribunal Federal que declarou a referida lei totalmente constitucional. Ao mesmo tempo em que se insubordinam contra uma decisão de um juiz de primeira instância, os professores nos lembram que devemos exigir o respeito às leis maiores do nosso país e que todos deveriam ser iguais perante tais leis.

3. O governo do estado quer permissão para descumprir uma lei federal, para atacar o direito constitucional de greve e para tal conta com a sempre subserviente imprensa local. E todos sabem que nossa imprensa local (a nacional não está tão longe disso também!) sempre escolhe o lado que mais protege os seus interesses comerciais. Certamente o afinco atual do O Liberal se enquadra neste exemplo, afinal de contas é necessário preservar a própria sobrevivência.

Quando tinha 17 anos e estudava na Escola Estadual Pedro Amazonas Pedroso meus professores me ensinaram a importância da desobediência contra regras impostas por uma minoria. Naquela época ainda não existia o SINTEPP, mas a APEPA enfrentou a polícia comandada pelo governador Alacid Nunes. No dia 5 de setembro fui ao desfile do Dia da Pátria para apoiar os professores. A luta deles me inspirou pro resto da vida.

A greve dos professores é um exemplo de que a dignidade não tem preço e de que a luta por preservá-la sempre exige coragem e determinação.
( Prof° Luiz Araujo )

Partido dos Trabalhadores

NOTA

Neste momento em que a greve dos trabalhadores da educação publica ultrapassa um mês e é decretada ilegal por um magistrado, é necessário que o Governo do Estado e o Sindicato da categoria cheguem a uma solução política para o problema. A criminalização do movimento social abre um precedente ruim para a democracia. Além disso, seu prolongamento traz grave prejuízo aos estudantes, que sofrem cotidianamente com as fragilidades da educação pública, e tem seu direito à educação limitado.

Queremos lembrar à sociedade que o projeto do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração – PCCR – dos trabalhadores em educação pública no Pará foi definido em 2008, sob o governo petista de Ana Júlia. Esta conquista histórica da categoria foi alcançada com muita luta e debate democrático entre o Governo do Estado e os trabalhadores. O PCCR dos trabalhadores em educação é referendado pelo Plano Nacional de Educação, com suporte de recursos do Fundeb para sua aplicação. Ou seja, além de ser uma normatização federal, há recursos suficientes para o governo tucano de Simão Jatene aplicar o piso nacional da categoria e o PCCR. Falta, porém, disposição democrática para negociar com os trabalhadores e vontade política para promover educação pública de qualidade no Estado do Pará. Por isso, o Partido dos Trabalhadores reafirma sua posição de defesa dos movimentos sociais e dos direitos da classe trabalhadora. Nesse sentido, declaramos nosso apoio incondicional à luta dos trabalhadores e trabalhadoras em educação pública no Estado do Pará, por salários decentes e condições dignas de trabalho.
( nailharga )

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Ódio de classe: "Promotora quer prisão da presidente do Sintepp".

A promotora de Direitos Constitucionais do Estado, Graça Cunha, entregou ao delegado geral do Estado, Nilton Athaíde, na noite de ontem (7), um documento solicitando abertura de inquérito policial contra a presidente do Sintepp, Conceição Holanda, por desobediência à ordem judicial.


O delegado geral recebeu a solicitação e deve encaminhar o pedido para a Divisão de Investigações e Operações Especiais da Polícia Civil (DIOE), ainda na manhã de hoje, para providências. Quem deve conduzir o caso é o delegado e diretor da DIOE, Neyvaldo da Silva.

Procurada pela reportagem do DOL, Conceição Holanda, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Publica do Pará (Sintepp), diz não estar surpresa com o posicionamento da promotora. “Nas mesas de conciliação, ela sempre se colocou contra a nossa categoria. Isso prova que o Ministério Público não está tentando resguardar o direito do aluno em busca de melhores condições nas escolas, menos violência e melhores salários aos professores; o Ministério Público está apenas resguardando o interesse do Estado”.
Conceição Holanda ressaltou ainda que, assim que tudo for decidido em relação a greve, o Sintepp oficializará uma denúncia contra a promotora Graça Cunha. “Greve não é crime; o maior pecado é o Estado não pagar o piso nacional aos professores”, diz a presidente do Sindicato. “Nossa assessoria jurídica vai pedir habeas corpus preventivo e cuidar para que esse caso seja solucionado. A greve vai continuar”.

O Sintepp solicitou audiência, para amanhã (9), com o secretário de Estado de Educação, Nilton Pinto, e a secretária de Estado de Administração, Alice Viana. Os professores também programam um ato público para acontecer às 8h30 desta quarta-feira, em frente á Secretaria de Educação
Fonte: Diario do Pará

Pará É UM ESTADO DE DIREITO DEMOCRÁTICO ????

" No final, não nos lembraremos das palavras dos nossos inimigos, mas do silêncio dos nossos amigos". ( Martin Luther King )
Essa frase é para alguns professores............................
Vamos a luta.Não será a volta da ditadura  que nos fará  recuar!
Voltamos a ditadura militar, pois não podemos questionar e violar os direitos que só valem para os poderosos....
Incrível estamos em 2011 e nada mudou...
O Estado do Pará denigre o direito de greve e viola o direito dos professores e paga aos JUÍZES burlarem as leis, ESTE é o nosso Estado que não vai pra frente, atrasados,cidadãos mal pagos, mal informados.
O Nilson Pinto não tem vergonha nem o secretário de querer pagar o piso em 12 meses, eles teriam que deixar é de receber seus belos salarios e pagar os professores que se matam pra ganhar tão pouco e serem humilhados, espero que nas proximas eleições nínguém esqueça de tudo.
Ainda querem prender a presidente do sintepp,vão colocar mais policiasi nas ruas pra pegar esses bandidos que não param de assaltar e matar pessoas inocentes, vão trabalhar fazer concursos honestos e parem de colocar cargos comissionados, vão confiscar o dinheiro que a Alepa LEVOU, pois nínguém até hj foi preso..............

Requerimento ao Governo de Estado pelo pagamento do piso salarial aos professores

 
REQUERIMENTO No 465/2011

Requer providências ao Governo do Estado por intermédio do Excelentíssimo senhor Governador do Estado Simão Jatene para cumprir o estabelecido na Lei Federal 11.738 de 16 de Julho de 2008 com o fim de pagar o piso profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica

Senhor Presidente,
Senhoras Deputadas,
Senhores Deputados,

É de conhecimento de todos e todas, o lamentável fato da greve dos professores e técnicos da rede de ensino estadual. Aproximadamente 800 mil alunos estão sem aulas no Pará por causa desta greve. O movimento teve início na segunda-feira 26 de setembro. Hoje fazem exatamente 43 dias de paralisação e conseqüentes prejuízos para o ano letivo dos alunos, sem que o Governo do Estado apresente uma proposta para solucionara o impasse.
Os docentes cobram do Governo do Estado o pagamento do piso nacional da categoria, que está em R$ 1.187. Já Os técnicos, melhorias na estrutura das escolas e implantação do Plano de Cargos Carreiras e Remuneração (PCCR).
Quanto ao Piso nacional do magistério, para melhor esclarecer Vossas Excelências, lembro que em 29.10.2008 os Governos dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Ceará, ingressaram junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) com Ação Declaratória de Inconstitucionalidade (ADI 4167-DF), em que pediam a declaração de inconstitucionalidade dos § 1° e § 4° do art. 2°; do II e III e caput, do art. 3°; do art. 8° da Lei Federal N.° 11.738/2008, que instituiu o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica.

Em 17.12.2008 o Plenário do STF acompanhando o voto do Relator Ministro Joaquin Barbosa, deferiu liminar dos autores para:

1) Fixar interpretação conforme ao art. 2°, da Lei n,° 11.738/2008, no sentido de que até o julgamento final da ação, a referência do piso salarial, é a remuneração. Assim no valor do piso nacional somava-se o vencimento básico (salário) e as gratificações e vantagens.

2) suspendeu a aplicação do § 4°, do art. 2° d Lei, assim até a decisão final do STF a aplicação desta regra fica suspensa, ou seja, o cumprimento de no máximo dois terços da carga dos professores para desempenho de atividades em sala de aula.

Até então o Governo do Estado não pagava o piso com base nesta decisão do STF.
Porém, após longo debate em 06.04.2011 o STF proferiu decisão pela IMPROCEDÊNCIA dos pedidos constantes na ADI 4167-DF, face o que, a Lei Federal N.° 11.738/2008 deve ser cumprida integralmente pela União, Estados e Municípios do Brasil, segundo os conceitos fixados no texto da norma.
Portanto, diante deste posicionamento de Nossa Corte Máxima de Julgamento, o pagamento do Piso salarial Mínimo definido na lei é direito líquido e certo assegurado na Lei aos Profissionais do Magistério Estadual.
Por outro lado, Nobres Deputados e Deputadas, ao contrário do que deveria ser feito, o Governo do Estado insisti em não realizar o pagamento do Piso definido em Lei sob o argumento de insuficiência de saldo financeiro para cobrir as despesas decorrente de tais ajustes que devem ser feitos, e que precisaria para arcar com o pagamento do Piso uma complementação nos recursos do FUNDEB da União Federal de R$ 70 milhões ainda este ano, o que não podemos aceitar, pois segundo informações do Ministério da Educação, o Estado do Pará recebeu recursos do FUNDEB em caráter suplementar em 2011 um montante de de 1bilhão e Oitocentos e Quarenta e Três Milhões de reais. 
Igualmente, destaco que caso o Governo queira cumprir a Lei 11.738/2008 e pague o piso retroativo a janeiro, a folha salarial do magistério consumirá 75,6% do recurso mínimo constitucional obrigatório para aplicação em manutenção e desenvolvimento do ensino. De outra forma, caso o governo Estadual pague o piso a partir de setembro e negocie o retroativo para depois, este impacto na folha cairia para 68,7%. Portanto, de nenhuma forma o pagamento do piso coloca em risco o equilíbrio fiscal do Estado, pois até agosto o gasto com pessoal era de apenas 43;6%, ainda longe dos 49% que é o limite máximo estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.  
Sendo assim, considerando o exposto acima o Estado do Pará pode acrescer recursos próprios do tesouro estadual para pagar o piso sem que isso provocasse desequilíbrio fiscal.
Ressalto ainda Excelência, que o Estado do Pará é um dos poucos Estados que ainda não está pagando a seus professores o Piso Nacional definido em Lei. Igualmente 80% de nossas Prefeituras já pagam o valor definido em Lei para os seus professores.
Diante desta realidade, será que o Governo Estadual não tem mesmo recursos para ajustar o Piso dos professores, que não chega a R$ 100 Reais por docente, ou há um descontrole total na Gestão da Secretaria de Educação em nosso Estado? Ou não quer mexer nas suas outras prioridades para pagar o piso este ano?
Nobres Pares, o dever de pagar o Piso é tão claro na Lei, que nem mesmo os R$ 10 mil de multa diária, determinados em decisão recente pela Justiça Estadual (TJE) caso 50% dos trabalhadores da educação não retornassem às escolas estaduais, fez com que a categoria recuasse da paralisação.
Diante do exposto, com base no Regimento Interno desta Casa, requeiro ao Exmo. Governador do Estado do Pará que tome providências no sentido de realizar o pagamento do piso nacional da categoria que está em R$ 1.187, cumprindo assim o que determina a Lei Federal N.°11.738/2008

Palácio Cabanagem, 08 de novembro de 2011.

Deputada BERNADETE TEN CATEN
Partidos dos Trabalhadores]
( Blog bote Fé )

A greve continua, Jatene a culpa é tua!

A categoria da educação da rede estadual, com a participação de mais de mil trabalhadores/as reunidos em Assembleia Geral na manhã desta segunda-feira (7) decidiram por unanimidade em continuar em greve. A decisão dos/as trabalhadores/as se baseou na total falta de confiança na justiça que rasga a decisão do STF contrariando as instâncias jurídicas em sua hierarquia e o princípio da autonomia dos poderes, favorecendo explicitamente ao poder executivo. Vale lembrar que faz parte da história deste sindicato enfrentar governos que ousaram atacar os direitos dos educadores. A categoria nunca se curvou e nem se curvará a juízes descompromissados com a justiça, nossa luta é correta, constitucional e tem apoio da sociedade que também luta por condições mínimas não apenas na educação, mas em todos os serviços públicos.
Infelizmente, o magistrado paraense não enxerga a necessidade de investimento, responsabilidade e valorização dos profissionais que trabalham sem infraestrutura e sob pressão constante de direções ditadoras ou expostos à violência. O Piso Salarial Nacional já é pago na maioria dos governos estaduais e municipais, o que deixa mais uma vez o Pará atrasado no cenário educacional.
A educação no Pará é degradante, não aguentamos mais tanto descaso. Diante disso, professores e técnicos não retornarão as atividades até que seja reconhecido o real valor do educador. Não abrimos mão de fazer valer a decisão do STF, mas para isso a justiça estadual precisa ser coerente, imparcial e decidir baseado nos fatos e não continuar com sua visão unilateral e ceder às pressões deste Governo.
Simão Jatene, sem dar a devida atenção à educação, já provou que não está preocupado em melhorar a educação e a cada dia tem tentado colocar a sociedade contra o movimento, porém, os profissionais da educação não são pautados pela (in) justiça do Estado, E sim somos pautados pela valorização e respeito à comunidade que é nosso maior objetivo e compromisso.
Governador quem usa de má fé é quem se utiliza do poder para de forma maniqueísta e maquiavélica sobrepujar aos outros poderes constituídos e a população que necessita dos serviços públicos. Apresentando-se sempre como a vítima da situação quando de fato é o único que pode apontar para a saída desse impasse. Manteremos firme a bandeira da luta em defesa de nossos direitos e por uma escola pública, gratuita, laica e de qualidade social para o nosso povo.
( SINTEPP )

Promotora quer prisão da presidente do Sintepp

A promotora de Direitos Constitucionais do Estado, Graça Cunha, entregou ao delegado geral do Estado, Nilton Athaíde, na noite de ontem (7), um documento solicitando abertura de inquérito policial contra a presidente do Sintepp, Conceição Holanda, por desobediência à ordem judicial.
O delegado geral recebeu a solicitação e deve encaminhar o pedido para a Divisão de Investigações e Operações Especiais da Polícia Civil (DIOE), ainda na manhã de hoje, para providências. Quem deve conduzir o caso é o delegado e diretor da DIOE, Neyvaldo da Silva.
Fonte: DOL
Desobediência à ordem judicial é crime? Então prendam o governador que desobedece ao STF!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Propaganda enganosa e criminosa

É preciso que a direção do SINTEPP tome providências contra a canalhice que a Rádio Liberal/CBN vem fazendo, como se notícia fosse, veiculando matéria com jeito de publicidade protagonizada pelo secretário Nilson Pinto, conclamando os professores a voltar às salas de aula sob intimidação da sentença do juiz Lisboa e em prejuizo dos seus próprios direitos, em clara atitude de assédio moral.
É preciso, ainda, que seja requisitada a fita na Anatel e anexada a uma queixa contra a emissora por propaganda enganosa e mentirosa, sabe-se lá por quais motivos, ou sabe-se mas não temos a prova material. Vergonhoso!
( Nailharga )

sábado, 5 de novembro de 2011

Dois pesos e duas medidas

Nunca este ditado se aplicou tão bem a uma decisão. No dia de hoje o Juiz Elder Lisboa Ferreira da Costa, Titular da 1ª Vara de Fazenda da Capital, resolveu criminalizar o movimento grevista dos professores estaduais do Pará e, ao mesmo tempo, literalmente passar a mão na cabeça do governo estadual que teima em não cumprir a Lei do Piso.

Em sua decisão o referido Juiz determinou:

1 – O imediato retorno as atividades laborais de 100% (cem por cento) dos professores públicos estaduais sob pena de ser declarada ilegal a greve.

2 – Que o Estado do Pará não desconte os dias paralisados dos professores grevistas, e se o fez, que se devolva àqueles que sofreram descontos no pagamento vindouro.

3 – Que o Estado do Pará que adote todas as providências necessárias para a atualização do piso salarial devido aos professores conforme os termos da lei e decisão do STF, bem como a implantação do PCCR da categoria em até 12 (doze) meses, com termo inicial a partir de 01 de janeiro de 2012.

4 – Que o SINTEPP apresente, no prazo de 10 dias, o calendário que garanta a reposição das aulas perdidas.

5 – Que o Estado do Pará inicie Processo Administrativo Disciplinar aos professores que insistirem no movimento grevista.
6. Que seja cobrado em caso de descumprimento desta ordem judicial, R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais) a titulo de multa por cada dia de descumprimento, a ser pago não pelos cofres do Sindicato réu, e sim, pelo seu presidente.

Resumindo a posição do Juiz:

a) Os professores devem se conformar com o descumprimento da Lei Federal do Piso e devem retornar ao trabalho imediatamente. Caso insistam em lutar pelos seus direitos o Estado deve processá-los e a presidente do SINTEPP deve pagar 25 mil reais por dia de paralisação após a decisão de hoje.

b) O Estado tem doze meses a contar de 1° de janeiro de 2012 para cumprir a lei do piso e a lei do plano de carreira estadual. E caso, mesmo tendo 14 meses para cumprir uma lei de 2008 o que acontecerá com o governo do Estado? Absolutamente nada!

Em minha humilde opinião esta decisão afronta tudo que conheço de direito em nosso país. Ficou claro nessa decisão que prevaleceu uma visão preconceituosa sobre o legítimo e constitucional direito de greve e, ao mesmo tempo, um Juiz de uma instância inferior pretende legalizar o descumprimento de uma lei federal e uma decisão expressa do Supremo Tribunal Federal.

Não sou advogado, mas me parece um caso típico de abuso de autoridade. Um Juiz de primeira instância autorizar um governo estadual a descumprir uma lei federal durante 14 meses (no limite) é um completo absurdo!

E mais, a decisão de orientar o governo do estado a abrir Processo Administrativo Disciplinar é outra extrapolação de sua autoridade.

E também inovou ao determinar que quem paga a multa fosse a presidente do Sindicato. Bem, sendo professora estadual e recebendo menos do que o piso salarial nacional, certamente terá que penhorar todos os poucos bens que uma professora honesta deve ter conseguido acumular na sua vida.

Ninguém está acima da lei, inclusive um Juiz de Primeira instância.

Não sei como a categoria dos professores vai reagir diante de tão grande injustiça, mas aceitar o mal calado não é uma postura digna de educadores. 
( blog do prof. Luiz Araujo)

Isto é um assalto!

Em qualquer estado da federação brasileira governado por gente decente, essa secretária de administração seria presa por assalto. Como é que ela tem a coragem de declarar que descontou quatro dias de trabalho dos grevistas, no mês de novembro, mas, em função da sentença judicial que manda pagar os dias parados, pois a greve é uma conquista dos trabalhadores contra patrões irresponsáveis, ela diz que fará essa reposição somente na folha de dezembro? Como? Se a folha de novembro nem fechou, fecha no próximo dia dez(próxima 5ª feira) e a SEDUC é a última a pagar seus funcionários?
Não se cumpre lei nesta terra? Apenas faz-se a vontade dos donos do poder, até mesmo quando agem com extrema mesquinharia e sentimento de vingança?
No final das contas, as medidas emanadas das decisões dos poderes constituidos parecem mais provocação e tentativa solerte de alquebrar uma categoria que apenas defendeu suas conquistas, finalmente consagradas em diploma legal. E até a esfarrapada desculpa da falta de recursos é desmascarada pelo excesso de gastos supérfluos que esse governo faz, conforme se pode constatar pela leitura do Diário Oficial, ao mesmo tempo em que negligencia suas contrapartidas em despesas fundamentais para o bom funcionamento de serviços essenciais como a educação. Infelizmente, para isso não existe Ministério Público, justiça ou imprensa que denuncie ou tome providências. Lamentável!
( Nailharga )

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A intransigência do governo do Estado do Pará é a principal causa da greve.

O piso e a greve do Pará, por Luiz Araújo

A intransigência do governo do Estado do Pará é a principal causa da continuidade da greve dos trabalhadores em educação.

O governo do Estado do Pará afirma que não pode pagar o piso salarial de R$ 1187,00. Quer parcelar em infinitas parcelas a dívida deste ano. E condiciona o cumprimento da lei ao recebimento de apoio financeiro do governo federal.

Por solicitação do Sintepp, do qual tive a honra de fazer parte e dirigir em décadas passadas, realizei minucioso estudo sobre a situação financeira do Estado, sobre o pedido que o mesmo enviou ao MEC e sobre o impacto do piso na folha e nas finanças municipais.

Em resumo:

1. Caso o governo do estado resolva cumprir a lei n° 11738/08 e pague o piso retroativo a janeiro, a folha salarial do magistério consumirá 75,6% do recurso mínimo obrigatório para aplicação em manutenção e desenvolvimento do ensino;

2. Caso o governo pague o piso a partir de setembro e negocie o retroativo para mais adiante, este impacto cairia para 68,7% do total do MDE;

3. De nenhuma forma o cumprimento do piso colocará em risco o equilíbrio fiscal estadual. Até agosto o gasto com pessoal era de apenas 43,6%, muito longe dos 49% máximos estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal;

4. Para atingir 49% seria necessário agregar ao gasto com pessoal algo em torno de 500 milhões, mas o pedido de complementação feito ao MEC é de 195 milhões, ou seja, o governo pode acrescer recursos próprios para pagar o piso e isso o provoca desequilíbrio fiscal no Estado do Pará.

Por isso, a pergunta que mais oo dos educadores é POR QUE então o governo continua intransigente. Tenho a seguinte avaliação:

1. Acho que o governador pretende alcançar três objetivos simultâneos com esta postura: derrotar a organização sindical dos professores, não precisar mexer nas suas outras prioridades políticas para ter que pagar o piso este ano e, mais importante, criar uma situação que não ocorram grandes mobilizações quando ele resolver não pagar o piso o ano que vem.

2. Ano que vem o piso será de pelo menos R$ 1450,86, ou seja, 22% maior do que o atual. Ele vende dificuldades inexistentes em 2011 para criar um clima que justifique pagar salários ainda mais distantes em 2012.

A greve do Pará, assim como todas as greves que ocorrem e ocorreram no Brasil inteiro o decisivas para que a lei do piso o se torne letra morta. Acho até que está fazendo falta uma ação mais unitária da categoria. Sei que no último dia 26 de outubro houve uma marcha em Brasília, eu estive lá, mas um ou dois dias de paralisação nacional talvez fossem necessários, tipo uma demonstração de força de uma categoria de 2 milhões de membros.
Postado no bloque do Luiz Araújo: http://rluizaraujo.blogspot.com
Professores/as,



Amanhã (04/11) o Juiz Elder Lisboa sentenciará a respeito da abusividade da greve.
Não nutrimos grandes expectativas quanto a essa decisão, visto que o histórico de decisões na justiça contrárias aos trabalhadores é grande.

Existem alguns cenários colocados:

  1. O pior: O juiz dá a abusividade, cobra a multa ao sindicato  e não força o goevrno à reposição dos descontos;
  2. O juiz declara a abusividade mas exige a reposição do desconto; e
  3. O juiz reconhece que a greve é legítima, até porquê é pelo cumprimento de uma lei federal e de uma decisão do STF.

Entretanto, há um entendimento da categoria, expresso vigorosamente na assembleia passada, que a decisão judicial (se for o pior cenário) não colocará um ponto final à greve, como alguns veículos de comunicação tentam passar.

Teremos na próxima segunda uma nova ASSEMBLEIA GERAL, onde poderemos avaliar a decisão de amanhã e apontar as próximas ações de nossa greve - que continua forte, apesar de tantos ataques do governo.

Aprveito aqui para chamar a atenção daqueles/as que ainda não se empenharam decisivamente nesta luta, pois chegamos a um momento em que não podemos prescindir de ninguém. Todos/as formam este todo que luta por dignidade e valorização.

A greve só acontece por conta das escolas paradas, que é uma primeira etapa. Porém, os atos e assembleias são os momentos de denúncia pública à sociedade sobre o que nos leva a estar em luta.

Portanto, o acompanhamento das informações pelas redes sociais e pelo sítio do sindicato são fundamentais para estarmos informados com a "nossa informação", visto que a imprensa tem sido (como de costume) muito tendenciosa.Para além deste acompanhamento, precisamos materializar nossa indignação nos nossos espaços de luta pública.

Espero todos/as amanhã e na assembleia geral na próxima segunda - no centro social de nazaré.

Vida Longa com Dignidade!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Grand finale?

Amanhã, 04 de novembro, o juiz Elder Lisboa vai julgar a greve dos professores(as).
Se em uma hipótese remota a sentença for favorável aos trabalhadores em educação o governo do Estado irá cumprir a decisão da justiça?
Uma ova. Vai recorrer até a última instância.
Afinal, pra esta turma lei é potoca!!!
Fala que eu reverbero
Quase 800 mil estudantes da rede estadual do Pará estão sem aulas, por conta da greve dos professores. Centenas de escolas sequer tinham começado o ano letivo, o que revela a balbúrdia instalada na Seduc. O governo não dá uma solução para o problema e radicaliza o movimento para os grevistas. Quem paga a conta é a população, e principalmente as crianças e adolescentes impedidos de estudar, embora seja uma garantia constitucional e obrigação do Estado.
Franssinete Florenzano, jornalista e blogueira de primeira.

Professores. À luta, antes que se consolide a tunga!

Categoria faz ato público nesta sexta [04], na frente do Fórum da Capital.

Trabalhadores da rede estadual de educação, em greve desde o dia 26 de setembro, vão ao Fórum da Capital, esperar uma resposta da Justiça, visto que o Governo do Estado, não aceitou nenhuma das propostas apresentadas pelo magistrado Elder Lisboa, que acatando pedido do Governo Jatene julgou a greve abusiva, sentenciando antes mesmo de ouvir a outra parte interessada, a categoria.

A expectativa da categoria em receber um parecer favorável da justiça, talvez desmitifique o que foi publicado em um jornal de grande circulação em Belém, que antevia a sentença do juiz. Por isto, a presença de toda a categoria será um fator importantíssimo para que consigamos continuar no nosso movimento reivindicando melhores condições de trabalho e valorização profissional.

Na última audiência de conciliação os interlocutores do governo não avançaram nas proposições que resolvesse o impasse, pois mesmo apresentado os estudos técnicos o governo não apresentou os dele para se contrapor aos argumentos apresentados pelo sindicato e não avançou nas propostas.

A categoria iniciou a greve cobrando a implantação do PCCR imediato da categoria e o pagamento do Piso Salarial definido por lei federal, além de outras reivindicações visando a valorizando os trabalhadores em educação, assim, como a reforma imediata das escolas. Essas reivindicações são de cunho administrativo, se o Governo Jatene administrasse o Estado do Pará com base na legislação, hoje dificilmente teríamos uma greve destas proporções na rede estadual de ensino, enfatiza Antonio Netto, Coordenador de Comunicação do sindicato.

Assim, os trabalhadores em greve, só aceitam sair do movimento caso seja cumprida a Lei do Piso Salarial e a implementação do PCCR na integra, sem prejuízos aos trabalhadores que estão sendo prejudicados com a nova forma de realizar os cálculos salariais.

A Coordenação Estadual do Sintepp, independente da resposta da Justiça do Estado, convoca todos (as) trabalhadores (as) para participarem da assembleia do dia 07 de novembro, no Centro Social de Nazaré, às 09 horas para decidir os rumos do movimento.

Avançar sempre, recuar jamais! Nenhum direito a menos!

sábado, 29 de outubro de 2011

Quando o leão vai despertar?

Corretíssima a atitude dos promotores de justiça de Capanema, Mario Chermont e Nadilson Gomes, que expediram ofício recomendando para o governo do Estado e as Prefeituras da região nordeste do Pará cumpram a Lei do Piso Salarial.
No documento os dois promotores afirmam aquilo que toda sociedade brasileira já está cansada de saber: “os profissionais do magistério não podem permanecer com seus direitos violados”
 Algumas perguntas inconvenientes:
 1) Quando o Ministério Público Estadual (MPE) vai estender a recomendação para o Estado inteiro e exigir que a SEDUC cumpra a Lei do Piso?
2) Por que o Ministério Público Federal não tomou ainda nenhuma providência contra o desrespeito de uma lei nacional?
3) Se Pará fosse governado pelo PT ou outro partido de esquerda o MPE e o MPF já não teriam tomado a iniciativa de exigir o cumprimento da lei?

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Sobre a greve II

Professores(as) são enforcados por natureza. Por isso, não deu em nada a audiência entre os seus representantes e o Governo,mediada pelo juiz Elder Lisboa, com objetivo de buscar um acordo.
Uma coisa é suportar ser colocado no cadafalso, outra é aceitar pôr a corda no pescoço. Greves de professores(as) da rede estadual de ensino são semelhantes as estrelas e só terminam quando seu hidrogênio é totalmente consumido!!!
Pelo jeito, a greve vai continuar independente do que sentenciar o juiz!!!!
Imagem: Google

Reflexões sobre a greve dos professores(as)

 “Os professores suspendem a greve e o governo se compromete em quitar o pagamento do piso em até 12 vezes, a partir de janeiro de 2012, isso caso o MEC nos repasse a verba para integralizar o pagamento”. Alice Viana Secretaria de Administração do desgoverno Jatene.
O blogueiro refrescando a memória de seus seus leitores(a)  faz as seguintes reflexões:
1) Que o MEC já afirmou que não tem nada a ver com essa história inventada pelos tucanos e que tudo indica não irá fazer a tal complementação;
2) Que o provável motivo da negativa do MEC é que o governo tucano não está cumprindo a obrigação constituição de aplicar no mínimo 25% do orçamento do Estado em educação;
3) Que após trinta dias de greve o desgoverno tucano já tinha condições de negociar um acordo para por fim ao movimento, que incentivou criando falsas expectativas, apresentando propostas mirabolantes, inventando factoides que acabaram desagradando a grande maioria da categoria e estimulando o movimento grevista;
4) Que ao escolher derrotar politicamente o movimento justo dos professores(as) pelo piso salarial legal com métodos ortodoxos, nada inteligentes e repressivos só prorrogou e alimentou a greve que tudo indica, pelo andar dos acontecimentos, poderá inviabilizar do ponto de vista pedagógico o ano letivo dos alunos(as) da rede estadual de ensino;
5) Qualquer acordo sobre a reposição de aula que se seja parido ao final da greve (aulas aos sábados, essa será a proposta do tucanato) não reverterá a dura realidade do ano letivo comprometido e de que os nossos alunos(as) serão os grandes prejudicados;
 6) O governo sabia de tudo isso e tem recursos para pagar o piso, mas fez uma opção de derrotar politicamente a categoria para evitar greves e desgastes futuros, em detrimento dos interesses dos alunos(as) e de toda a sociedade paraense.
 Seria por essas razões que Alice Viana e o desconhecido Secretário de Educação vivem dando a corda para os professores(as) se enforcarem?

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O piso nosso de cada dia

Deputado confirma a informação do blogue que o MEC não irá complementar o piso salarial.
Governo tem 200 milhões. Então, Jatene pague o Piso!
Leia o que disse Edilson Moura:
O Governo do Estado alega que necessita que o MEC libere uma verba de complementação para poder dar aumento salarial aos professores mas, de acordo com o Deputado Edilson Moura, isso não deve acontecer.
Estive com o Carlos Abicalil, do MEC, e ele me informou que o Governo ainda possui recurso para aplicar na educação. São cerca de R$ 200 milhões que sobram da verba que o Governo Federal já encaminhou para o Estado e não está sendo utilizado’.
Se o governo pensa que irá enrolar o MEC, a sociedade e a categoria está muito enganado.
Esta turma da foto, os dinossauros do movimento que ocuparam a SEAD, não se engana não!!!