segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Professores querem engrossar paralisação nas escolas estaduais
 
 
 

Os professores da rede pública estadual, que estão em greve desde a semana passada, prometem continuar o movimento nesta semana. Hoje e amanhã, várias equipes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) vão percorrer as escolas da capital que ainda não aderiram à paralisação e que prometeram paralisar nesta segunda-feira. A partir das 8h, as equipes do Sintepp irão passar em várias escolas de Belém e Ananindeua, como Paes de Carvalho, Deodoro de Mendonça e Orlando Bitar. Para quarta-feira, 5, a categoria programa um Ato Público com concentração às 9 horas, na escadinha, ao lado da Estação das Docas.
Segundo a coordenadora do Sindicato, Maria da Conceição Holanda Oliveira, a greve dos professores vem ganhando adesões em todo o Estado. Conceição informou também que o sindicato ainda não foi notificado oficialmente da decisão do Tribunal de Justiça do Estado (TJE) que obriga que 50% dos trabalhadores voltem às suas atividades normais. "Acreditamos que essa notificação chegará amanhã [hoje]. No entanto, só vamos decidir alguma coisa sobre isso na assembleia da categoria, que será realizada na quarta-feira (5)", disse. Ela avisou ainda que o sindicato deverá recorrer da decisão judicial.
De acordo com a coordenação do Sintepp, as motivações que levaram os professores a cruzarem os braços "não são novidades para o governo". Os educadores exigem o cumprimento do acórdão do Supremo Tribunal Federal, publicado no dia 24 de agosto, que consiste no pagamento integral do Piso Salarial Nacional (PSPN). A categoria quer o pagamento integral da diferença do piso, já que, em setembro, receberam apenas 30% dessa diferença. Além disso, os professores da rede estadual de ensino também pedem a implantação total do Plano de Carreira dos Trabalhadores da Educação, que, segundo eles, não foi implementado completamente e acarretou em redução salarial para muitos servidores.
A coordenadora do Sintepp questiona ainda a decisão judicial que obriga metade dos professores a voltarem ao serviço. "É engraçado, pois a Justiça declara a abusividade da nossa greve, mas não obriga o estado a cumprir a decisão do Supremo Tribunal. A greve está mantida e vamos continuar lutando pelos direitos dos educadores", avisa Conceição Holanda. 
 ( Fonte ORM )

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