O final da década de 70 e o início dos anos 80, o Brasil foi marcado por um amplo processo de reorganização da sociedade civil. Após anos de ditadura militar, diversos setores sociais passaram a expressar publicamente sua indignação e a exigir cidadania em todas as dimensões.
No campo sindical, ocorreram diversas greves e mobilizações, combinando lutas por salário, por direitos de organização e expressão e, acima de tudo, pela democratização do país.
A fundação da Central Única dos Trabalhadores - CUT -, em 28 de agosto de 1983, foi fruto desse amplo movimento. Sua criação significou um rompimento, na prática, com os limites da estrutura sindical oficial corporativa, que proibia a existência de organizações interprofissionais. Mas sua legalização (existência jurídica) só foi possível a partir da promulgação da Constituição de 1988, que, também devido à forte pressão social, significou um relativo avanço na conquista de direitos.
Tem como objetivo integrar, articular e dirigir, numa perspectiva classista, a luta dos trabalhadores brasileiros da cidade e do campo, ativos e inativos, do setor público e privado.
Consolidou-se como a principal e maior central sindical no Brasil, é hoje a maior Central Sindical da América Latina. Atualmente, a CUT constitui uma importante referência e continua intervindo nos principais debates em pauta no cenário político, econômico e social do país, denunciando os processos de privatização e precarização das relações de trabalho; elaborando propostas de políticas públicas – inclusive de geração de emprego e renda; participando propositivamente em espaços e fóruns institucionais acerca da integração do Brasil aos mercados internacionais; atuando conjuntamente com vários movimentos sociais na defesa de direitos de setores historicamente marginalizados, no combate às diversas formas de discriminação racial e de gênero, bem como em várias questões de interesse do conjunto da sociedade brasileira, como meio ambiente, reforma agrária, educação e saúde, entre outras.
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