Por Alanna Souto[1]
A definição de sindicato varia, de acordo com o tempo e as condições políticas, razão pela qual, para alguns estudiosos, o sindicato é a coalizão permanente para a luta de classe e, para outros, é o órgão destinado a solucionar o problema social. Grosso modo, quando se pensa nesse tipo de organização, o que vem logo em nossas mentes: entidade que representa uma determinada categoria, que tem como uma das funções centrais representar os anseios e pluralidade política dessa categoria.
Contudo o Sindicato dos trabalhadores da Educação Pública do Pará (SINTEPP) comandado há mais ou menos 30 anos por um grupo político, que hoje se encontra no PSOL, já envelhecido em seu debate político e totalitário em sua forma de agir, vem ao longo desses anos fazendo uma política a qual representa única e exclusivamente seu próprio grupo, manobrando a comunidade de educadores e até mesmo alijando do processo membros da diretoria pertencentes á outras organizações políticas.
Atualmente o SINTEPP faz uma política condescendente com o governo do Estado, gerido por Simão Jatene (PSDB), pertencente a um dos grupos mais retrógrados do estado e do país, que sempre violentou a educação com sua perspectiva gerencialista e elitista de governar. Tal ação branda do sindicato pode ser vista quando deixa de cobrar com veemência a implementação do PCCR, que foi engavetado pelo atual governador e mesmo quando não reconhece os avanços educacionais de um governo popular, sob gestão do Partido dos Trabalhadores, que além da aprovação do PCCR na sua administração, investiu na formação e valorização do servidor público através da concessão de bolsas aos educadores da rede que estavam cursando mestrado e doutorado. Eram em torno de 129 bolsas (entre mestrado e doutorado) concedidas para o quadro, que passava ainda por uma seleção criteriosa. Hoje o governo tucano reduziu para a metade. Outra conquista democrática da gestão petista de Ana Júlia Carepa, foram as eleições diretas nas escolas, as quais foram suspensas pelo governador Simão Jatene. Pasmem! E qual a postura do SINTEPP ? Um estrondoso silêncio! É nesse sentido que podemos afirmar o quanto sindicato dos trabalhadores de educação pública do Pará, sob dirigencia do PSOL, tem feito linha auxiliar com a direita, por conseguinte com o governo dos tucanos.
É claro que o governo popular e democrático do PT teve inúmeros problemas na educação e dificuldades para saná-los, tendo inclusive que substituir o secretariado algumas vezes, justamente com objetivo da melhora e do avanço, todavia isso não anula todos os acertos, alguns já enumerados acima, no âmbito educacional, o qual o PSOL usando o SINTEPP tenta desgastá-lo por meio de métodos questionáveis e palavras caluniosas para denegrir a gestão petista em vez de cobrar politicamente com a mesma voracidade do governo tucano a continuidade dos projetos e ações da gestão anterior que são marcas de conquistas da categoria.
Finalizamos este pequeno artigo levantando duas indagações provocativas para estimular o debate:
- Como o PSOL vem se mantendo no poder ao longo desses anos a frente do SINTEPP se atualmente a categoria não se identifica com seus representantes?Como já foi visto e proferido em muitas assembléias de educadores. Será ético o processo eleitoral?Há suspeitas de fraudes?
- Por que o SINTEPP (ver o site da entidade), sob comando do PSOL, tem mais interesse em bater na gestão petista que no governo tucano, assumidamente direitista. Será algum acordo, visando às eleições municipais em 2012? Afinal o deputado estadual Edmilson Rodrigues do PSOL já se lançou candidato a prefeito de Belém e assim como os dirigentes “mores” do SINTEPP estão “pianinhos” quando se trata em exigir a implementação do PCCR: CALADOS, SURDOS E MUDOS.
Façamos a defesa e a luta pela retomada de um sindicato que, de fato, represente a categoria e toda sua pluralidade, adepta de uma liberdade de organização e expressão, guiada por preceitos de solidariedade, tanto no âmbito educacional quanto em outras áreas e categorias profissionais. Uma organização sindical de massa em nível máximo, de caráter classista, autônoma, ética e democrática.
Valeuu
ResponderExcluirÉ isso ai colegas,já que o SINTEPP não respeita-se nem internamente como é que quer ser representante da classe.Só dá para rir.kkkk
ResponderExcluirPois é! Bem que acesso o site do sintepp para me atualizar como educador, o problema, é que só os vejo falando mal dos petistas, não consigo entender. Com esse artigo como apensar que que tem mesmo alguma coisa por tras disso.Porque eles não não falam mal do PSDB no PSDB?????
ResponderExcluirOlhá aí, essa direção do Sintepp, nem parece que defende os professores, só querem defender a eles mesmos, essa turrma já deu, tem que sair. I Fora,I Fora, I Fora"
ResponderExcluirO PSOL..OPS" QUERIA DIZER A DIREÇÃO DO SINTEPP ATUAL. DESCULPA é QUE QUE NUNCA SEI SE é O PSOL OU A DIRETORIA DO SINTEPP quem está escrebvendo no site do sintepp.
ResponderExcluirSabe porque você nunca sabe???????????? è porque é a mesma coisa!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!Enquanto isso nós professores ficamos aver navios, enquanto essa turma tenta crescer o grupo deles do PSOL, em detrimento a luta verdadeira da categoria de professores do nosso estado.
ResponderExcluirCara blogueira:
ResponderExcluirComo ex-membro da CSD bancária, levo ao seu conhecimento o texto sobre a relação sindical x partido x democracia operaria para reflexão. Um texto relevante para quem foi membro de uma corrente sindical e que na pratica não é isso que você está insinuando, ou seja, tanto o PSOL x PT tem a mesma prática no movimento. Com uma diferença: o PT é mais escrachado no que tange ao atrelamento partidário x governo.
A relação entre sindicatos e partidos e a democracia operária
A discussão sobre a relação sindicatos-partidos envolve muitos aspectos importantes que influenciam diretamente nossa vida sindical. Os militantes partidários devem participar dos sindicatos? Os sindicatos devem discutir política partidária? Os partidos devem fazer propostas nas reuniões dos sindicatos? Qual deve ser a relação dos sindicatos com os governos e partidos governistas?
Para responder a estas perguntas, é necessário levar em conta, primeiro, uma diferença importante, que distingue a relação dos sindicatos com os governos e patrões, por um lado, e com os partidos, por outro. É a diferença entre independência e autonomia.
Assim, defendemos a independência dos sindicatos em relação ao governo, aos patrões e ao Estado. Isto é, não pode haver qualquer relação política, financeira ou organizativa com as entidades patronais e seus governos. Os sindicatos não devem receber quaisquer recursos financeiros vindos do Estado ou de empresários e deve proibir seus dirigentes de ocupar cargos de confiança em qualquer instância governamental.
Já os sindicatos devem ser autônomos em relação aos partidos. Isto é, as decisões dos sindicatos devem ser soberanas, mas devem permitir que seus membros participem de partidos políticos e vice-versa. Mas os sindicatos não podem ser apolíticos, é sua obrigação se posicionar sobre os acontecimentos políticos na sociedade e receber, em suas instâncias, todos os trabalhadores filiados, ou não, a partidos políticos.......
Quem fez o acordo com o PSDB para compor a mesa da assembléia legistiva?
ResponderExcluirCompanheiro Marlon,
ResponderExcluirDesculpe-me pela demora da resposta,mas ai está:
Por mais traumática que tenha sido sua relação política com a CSD Bancária, ela não constitui parâmetro exclusivo de avaliação da relação PTxGoverno. Até mesmo porque há inúmeros exemplos nessa relação Brasil afora que desmentem essa "verdade absoluta".
Aliás, tais questionamentos padecem de esquerdismo, aquela doença infantil do comunismo que, ao paralisar o cérebro imobiliza a praxis. Inúmeras foram as greves durante o governo Lula, muitas lideradas por sindicatos cujos dirigentes eram petistas, a CUT liderou a luta por um salário mínimo maior do que o governo. O percentual que o governo deu, reconheça-se, por conta da crise, era fruto de regras anteriormente pactuadas no plenário do Congresso Nacional e nem por isso houve desenlace.
Quando Lula rechaçou sua entrada no PMDB e liderou a fundação do PT, disse: sindicato é pra dfender direito de trabalhador; partido é pra organizar a sociedade e construir um projeto maior. Até hoje tem sido essa a base do relacionamento no campo do reacionamento entre PTxCUT, com todas as exceções conhecidas que consolidam a regra. Quanto ao PSOL, seria injusto caracterizá-lo na medida em que nunca passou pelo teste de governo, mas que sua direção do SINTEPP é fechada disso não duvide.
A associação dos concursados entrou com recurso junto ao STF,para que o governo do estado efetivassem todos o que de direito passaram no concurso público, o que com justiça foi conseguido .Pergunta-se :Porque,o referido sindicato dos trabalhadores na educação ainda não entraram na justiça solicitando a implementação imediata do PCCR bem como com um mandato de segurança para para equipará o vale alimentação da seduc sede com as demais escolas?
ResponderExcluirEu postei em um sindicato a alguns anos atrás pois acreditava que sua função era lutar por direitos dos educadores mas o que se vê e pessoas usando o sindicato por objetivo propio em S.D.do Capim se trata da mesma curriola. a senhora Simone do sintepp se vande para o prefeito por algumas lotação e isto vem acontecendo em todos os mandatos de prefeitos que aqui já governaro
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